18 de dezembro de 2015

Laura e Pedro

Ela chegou em data já próxima ao casório. Noiva de sexta. Adoro noivas de sexta! São mais raras, talvez por isso exalem um aroma de preciosidade. Laurinha ligou e, naquele pedido de orçamento, me pareceu maluquinha. Desliguei o telefone e falei com Alex: "-Acho que ela não gostou de mim...". E permaneci naquela frustração. Sei lá qual exatamente foi a sequência. Sei que, dias depois, Idene, a doce e educada mãe, estava no meu escritório e, por fim, oficialmente, Laurinha se tornou minha noivita de fato.

Aos poucos fui me acostumando e, quando percebi, eu já estava num caso de amor! O susto inicial com aquela maluquete elétrica, direta, prática, havia se transformado em puro afeto. Hoje, com todas as letras garrafais, afirmo: ADOOOOOORO!!!!! Adoro a Laura, adoro o Pedro, adoro a Idene, adorei fazer parte desse casório que surgiu inusitadamente em minha vida. Desde a maravilha da festa num lugar histórico, à cerimônia numa das minhas igrejas favoritas. Desde a saída da conferência final mais de 7 da matina, ao enfrentamento de cada empecilho que só quem já organizou casamento em museus conhece. Desde a dúvida do será que vai dar certo até a certeza do já deu. Cada instante, uma delícia!!!! 

Muitas vezes, uma leitura basta. Em tantas outras, a cada releitura, uma nova interpretação. Como é bom esse aprendizado no com-viver, na arte de conviver. A dúvida em constante mutação, definindo-se na certeza de carinho e apego. Por fim, até dos horários dela, eu gostava, minha noivita do fim de noite, vez ou outra, do início da madrugada. O wpp que eu respondia o quanto antes ou a cx lotava em 5 min. Afinal, Laurinha fala mil palavras em poucos segundos e, em pensamento? Acho que rolam um milhão de palavras por segundo. Eu super curto rapidez. Com a Laura isso se tornava uma loucura, ela a mil/hora de lá e eu mil/hora de cá. Numa compreensão mútua e bacanérrima. O Pedro no meio de nós, equilibrando e dando um ritmo menos frenético a nós duas. Ponderando um pouco mais. Mostrando que vez ou outra 220v não rola, melhor permanecer no 110v. E a Idene, cuidadosa, zelando por tudo em nome da filha, assumindo à frente toda escolha, com o empenho legítimo de uma mãezona.

Hoje, o mais incrível de tudo é sentir que existe um elo, dos mais fofos da vida, entre nós. A certeza do não quero que acabe, do é para sempre. Com certeza estarão para sempre no coração. E no deslumbramento do casamento MARAVILHOOOOOSO que vivemos.

Filme: Jelter Duarte


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