28 de março de 2016

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Maíra e Eduardo

Minha história com a Maíra é daquelas que dão um livro. Logo que ouvi tudo, em nossa primeira reunião, claro que tomei como minha a missão de fazer dar certo! Recuperar a imagem de cerimoniais como figuras necessárias em um casamento e não somente figura ilustrativa. E assim começamos nossa caminhada.

Num período curto, nunca vi tanta intensidade. Contato estreito, próximo, útil, importante, uma escola e tanto! Aprendi um monte. Com a mãe, Vânia, linda, sempre presente, cuidadosa, definindo cada mínimo detalhe, cada beleza, cada complemento, cada encanto e com a noiva, Maíra, linda tb, adotando outros detalhes que complementariam o casamento belíssimo que viria. Posteriormente, percebi que o noivo e os pais, todos estavam engajados naquele propósito. Eita, precisava ser perfeito, que responsabilidade!!!! Tudo num compasso, o mesmo que se busca numa linda dança de ballet. Tínhamos o mesmo objetivo, sentir aquele casório como um belo bailar de instantes e momentos que marcam para sempre. Yeeeeeeees, we did!!!! 

Meio prepotente, talvez, mas eu diria, sim, nós tivemos o dia perfeito, sim, juntos, nós fizemos aquele dia perfeito, sim, nós merecemos aquele dia perfeito, sim, valeu, sim, foi!, sim, sim, sim, sim... Valeu abraçar aquela causa que me chegou no meio do caminho. Valeu o privilégio! Valeu a confiança! Valeu viver tudo isso e ficou sabor de delícia total.

No meio do caminho, senti minha presença bastante necessária em muitos episódios. Em todos eles, me entreguei, me dediquei, deleguei o melhor de mim - a causa delas é sempre a minha também, noiva minha me recebe na integralidade e na integridade. Vânia e Maíra, especialmente, aceitaram a minha entrega e a receberam com abraços. Por fim, nessa cadência, num momento que nem sei exatamente qual foi, já tínhamos nos apaixonado. Carinho que se tornou presente e um grande presente. 

A vida deu voltas e, nessas voltas que a vida dá, nossos caminhos se cruzaram do jeito que tinha de ser. Encontros necessários, fundamentais, complementares. Oportunidade de viver um novo encanto. Aquele casamento foi exatamente um NOVO E MARAVILHOSO encanto. Obrigada a todos envolvidos, especialmente a quem me abraçou e recebeu meu abraço desde o primeiro momento, Vânia e Maíra. Vocês me fizeram melhor. Melhor pessoa, melhor profissional, melhor do que eu era ontem. Estou certa disso e agradeço para sempre.

Fotos: CIA da Foto



































21 de março de 2016

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Lá vem ele...

Mais um. Lá vem ele. Outro feriado. #&*+%#@* (isso é um palavrão). Minha vontade é institucionalizar tantos % off para noivas que fecharem seus contratos em pleno feriado. No Carnaval, até funcionou de leve, a Fernanda fofa se tornou nossa noiva da folia. Será que tem noiva coelha por aí? Daqui a pouco, Alex me enforca! Ele sempre me chama de doida. Doida qd acordo e confiro wpp no meio da noite, doida qdo me rebelo contra feriados, doida qd me pergunta do q eu gosto e eu respondo TRABALHAR, doida qdo chego com o dia amanhecendo do evento e digo AMO ISSO, VER O DIA NASCER E O CORPO DOER DE TRABALHAR!, doida quando quero dar descontos, doida quando procuro melhorar mesmo em eventos quase perfeitos (chamar de perfeito, seria pretensão), doida quando não vejo defeito no evento e fico louca, questionando, POR QUE EU ACHO QUE DEU TUDO CERTO? E ele responde, PORQUE DEU E FIM, NÃO ESTÁ BOM PARA VOCÊ? Doida, doida, doida!!!! Até a Manu já me acha doida e ri da minha cara. 

Fato é que ele, o sr. Feriado, me traz um mau humor daqueles. Este ainda traz calorias, não bastasse o ócio. Que me traga noivas. Falou, sr. Feriado, do palavrão grandão, traga noivas e faça um cerimonial feliz de raiz (comecei, abaixo empolgação)!!!! Se aparecer, faço gracinha. Escrevi bem pequenininho para o Alex não ver, kkkk. Eu quero é a poesia e o romance das noivas, ele que se entenda com a parte chata das finanças!!!!!!!!!

Foto: Bárbara Dutra - 
Prévia de casamento Fabricado dos noivos Tati e Bruno



18 de março de 2016

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Fatias de reflexões

Eu sempre saio das manifestações pró-impeachment achando que AGORA VAI! Não foi diferente no fim de semana que passou. Acho bonito além da conta. Com casamentos, tb, sempre fui assim. Passava um casório de sucesso e eu pensava, "NUH, AGORA EU BOMBO"! E, no fundo, nunca soube bem o que eu considero bombar, mas sempre esperava a tal bomba explodir, rsrsrs. 

Gosto dessa coisa de esperar o melhor. Lutar pelo melhor e isso envolve demais "mostrar serviço". Tentar ser o mais competente que eu conseguir. Já falei antes e repito, no dia que eu considerar perfeito, me enterrem, pq morri. Quem se avalia em 10, torna-se estagnado, é o que penso. Sempre podemos mais. Aprimorar aqui, aperfeiçoar ali, transformar um detalhe em outro... o fundamental é a caminhada nunca chegar ao fim. Nisso, até considero a crise ok, voltando ao início da postagem q abrange assunto país, se é que há algo benéfico numa crise. Na mesma medida que vi minha agenda esvaziar, vi meu atendimento aprimorado, vi uma possibilidade de dedicação maior ainda, me desdobro sem culpa por dispensar taaanto tempo ao trabalho e olha que já era cuidadosa por natureza em todos esses quesitos. Me tornei muuuuito mais. Cada noiva que surge com a possibilidade de me escolher vira princesa e cada uma que me escolhe de fato se torna rainha. Quero ser a súdita da rainha, a serva com o melhor a oferecer, que assim se faça. Talvez isso seja o que entendo como mais próximo do conceito bombástico. "Vamu" bombar comigo no seu casório!!!! Posso chamar de nosso casório???

O pensamento, creio, me manteve numa estabilidade dentro do instável. Rebola daqui, capricha dali, cede de lá, observe, observe muito, observe mais, observe como fazer e como não fazer. Saia da zona de conforto, experimente a zona da mudança. Lide com a noiva nova, lide com gama maior de profissionais, novos espaços, novos conceitos. O maior prêmio é se adequar ao ritmo. Isso tb é bombar.

Tema do próximo post (ou um dos próximos), elogios são deliciosos, gratificantes, tornam nossos dias mais felizes. Mas, antes e maior que isso, trabalhar bem não passa de obrigação. Tanta exibição de depoimentos e elogios e eu escondendo, guardando apenas no coração. Ando aprendendo a não sentir vergonha quando uma noiva elogia. Pretendo escancarar vez ou outra, já ouvi que isso é profissionalmente importante e não sou tão teimosa a ponto de não considerar o que o outro me diz, especialmente quando esse outro é o marido ou uma própria noiva. Apenas não pretendo mudar o pensamento de que compete ao profissional total obrigação e capacidade no que se dispõe a prestar. Trabalhar bem é o mínimo que precisamos oferecer. E o muito obrigada? Eu que me vejo obrigada a conceder à minha noivita. Muito obrigada a cada e toda noiva que me permite Fabricar o casamento de sua vida. Vocês são valiosas!!!!

Na imagem, 4 valiosas noivas e nossa rainha, Tutuca, a sogra, através de quem toda caminhada Fabricada começou. Meu sorriso? Apenas a certeza eterna do AGORA, VAI!!!! Um sorriso a guiar os passos (para terminar com poesia, rs!!!!!)

Foto: Oswaldo Marra

10 de março de 2016

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Um bom cerimonial

Um bom cerimonial faz muito pela noiva. Como todo bom serviço, agrega valor e funcionalidade ao evento.  Como todo serviço bom, custa caro, não acredito, DE JEITO NENHUM, em prestação barata. Um serviço bem executado tem seu valor, é o que penso! Existe uma só, uma única, uma exclusiva possibilidade de se ter um serviço barato e bom - quando a pessoa está no começo da carreira. Precisa entrar no mercado e aquilo vira uma troca - me pague menos e te dou um bom serviço, vc vira a "experiência" que não tenho ainda e eu ofereço tudo de mim por menos gasto. Acredito nisso! Passei por isso no passado e organizei ótimos eventos. Mas, foi uma etapa, um degrau a ser subido, uma tarefa temporária a ser cumprida. Do contrário, considero TODOS OS BONS CERIMONIAIS DO MERCADO CAROS, MAS NEM TODOS OS CAROS, BONS, QUE FIQUE BEM EVIDENTE. Já fica uma primeira dica - TUDO QUE É BOM É CARO, MAS NEM TUDO QUE É CARO É BOM. Ainda assim, eu fico pensando, cá comigo: QUE DIFÍCIL ARTE A DE ESCOLHER UM CERIMONIAL!!!! A informação da primeira dica vale, porém é bem restrita para uma boa tomada de decisão.

São vários pontos:
1- Se no papel cabe tudo e tudo tão similar entre as diversas propostas recebidas, como escolher?
2- Se a pessoa tem boa oratória, bom discurso e boa estratégia de venda, ela é uma boa cerimonialista ou apenas uma grande vendedora?
3- Se eu pergunto ao profissional e ele diz SIM, ESTE CERIMONIAL É EXCELENTE, seria excelente à noiva ou ao profissional, já que se ouve tanto das TAIS parceriiiiias?
4- Se eu pergunto à blogueira, ela já trabalhou dentro de um razoável número de casamentos, passou sua noite toda ali, avaliando como pesquisadora, para ver a dinâmica na prática?
5- Se ouço ELE É TÃO BONZINHO!, seria a afirmação mais interessante ou o bonzinho pode ser o bobinho, que deixa passar, que deixa pra lá, que finge que não vê, o conivente?

Tanta questão, tanta dúvida sobre como escolher. Difícil estar na pele da noiva! Especialmente quando as questões não são puras avaliações de percepção, elas envolvem finanças. Muito difícil a noiva entender como é compensado ou recompensado um maior investimento neste ou naquele serviço em detrimento ao outro que parece mais atraente. Só a noiva com um péssimo cerimonial sabe o quanto o barato lhe custou. Eu que o diga, sempre recebo noivas de rescisões com outras empresas, por estarem insatisfeitas. Só neste ano, foram duas e ainda estamos em março. Fico imaginando que extremo chegar a esse ponto, tipo TCHAU, DESCULPA, EU NÃO GOSTEI DO SEU SERVIÇO. Por isso me entrego tanto. Não pretendo passar por essa situação nunca na vida. Cumprir um bom serviço é mera obrigação, mínimo que temos a fazer.

Fato é que, cada dia mais, acho que a melhor propaganda é da noiva e de quem viveu, como convidada, em um casamento onde estive. Ainda assim, considero falho, pois  não é toda noiva que nos ouve nas escolhas, nas atitudes, naquilo que é feito dentro de um casório. Mas, é a forma que mais se aproxima do ideal e é a forma com que sobrevivo. Não participo de divulgações, não compro espaço em blogs de terceiros, não divulgo em revistas e, que fique claro, não sou contra nada disso. Mas, valorizo como ninguém o pequeno e exclusivo, não quero um trilhão de casamentos no ano, pretendo lutar para sobreviver com um/dia e, para isso, pretendo continuar na dependência de uma noiva que indica a outra que indica a outra que indica a outra... Mais real e mais fiel, a mais genuína propaganda. Sou os olhos da noiva! E acho q  ninguém no mercado nega isso. Esse é meu orgulho! A noiva é meu patrimônio valioso! Como abraço a causa!!!! Como assumo o lado de quem me confia o próprio lado! Desde q a noiva seja correta, meu lado é o dela e isso é cada vez mais concreto em minha vida de cerimonialista. A tal da energia vital que une meeeesmo as pessoas "similares", digamos assim, torna certo o fato de que posso abraçar aquela noiva e sua causa como minha tb. Amo vocês, minhas noivas!!!! Ainda não como filhas, jovem demaaais para isso, por favor, rsrsrsrs, mas como irmã mais velha, pode ser?

E é isso, só isso, que dá sentido a tudo! Minhas noivas são minhas forças, minhas fortalezas!!!! Elas me arrancam sorrisos e, sempre questiono como forma de avaliar: "será que fui um bom cerimonial, suficiente aos sorrisos delas???". Deles, já que envolve noivos e familiares tb. Sei não... será que as fotos respondem?

Fotos by Fabiano Aguiar, do casamento Fabricado de Si e Léo.




6 de março de 2016

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Dias Melhores

Já dizia Jota Quest, "vivemos esperando dias melhores". Acho que isso é sempre. Independente do tamanho da felicidade, é sempre desejável o melhor. "Melhores no amor, melhores na dor, melhores em tudo".

Chato esse troço de evangelizar. Pregar sua verdade no intuito de convencer o outro. Quem nunca passou por isso seja com um vegano, com um religioso, com um adepto de atividades físicas, com um ex fumante, com um defensor disso ou daquilo outro? Um saco!!!!! É democracia e cada um faz o que quer, desde que o espaço do outro seja respeitado. Daí, me vejo em plena evangelização profunda, o VAMOS ÀS RUAS!!!!

Vejo tanta reclamação. Vejo hábitos alterados. Vejo meu mercado e do meu país se transformarem drasticamente. Vejo demissões chegarem em pessoas próximas. Vejo gente fechando suas portas, portas que sustentaram suas famílias por tantos e tantos anos. Vejo medo. Sinto medo. Sinto dor. Dor por, vez ou outra, achar que o erro está em mim e não numa crise generalizada. E, se isso tem um lado positivo, o único que vejo é que o abraço às minhas noivas, às causas delas, às expectativas, se torna mais forte ainda e tenho deixado sempre uma gota de sangue e todas as gotas de suor em cada casamento, numa incansável peleja de sobreviver ao novo mundo. Acho que é o meu sustentáculo. Feliz por viver de noivas, não tenho preguiça de luta e trabalho. Só quero continuar a ter oportunidades e viver os casamentos, o que eu gosto, onde me encontrei e me sinto capaz.

Por falar em oportunidade, volto à evangelização. Um ano atrás, pela primeira vez, eu saí às ruas. Sem noção do que seria, do que me aguardava. Alex já era mais politizado, eu estava no começo. Fui! Naquele dia, vivi um desses dias melhores. Decidi que iria em todas que eu pudesse. Manifestação? Sim, eu vou! Vamos tb? E, assim, se deu. O descompromisso inicial se tornou missão. Mesmo trabalhando, vez ou outra, até às 5h, estava de pé às 8h. Para meu exercício de lutar para ter, no futuro, a tranquilidade que vi na colheita do plano real. Eu, que comecei a trabalhar com ele já instalado e, até então, só havia visto crescimento... me tornei fã de FHC, ao compreender o tamanho do que ele fez pelo país! 

Naquele 15 de março, vi famílias inteiras lá. Vi idosos e não me refiro a sessenta e poucos anos, esses andam bem jovens atualmente. Vi setenta e tantos, oitenta e tantos, noventa... cabecinhas brancas que enfrentavam o sol, enquanto tt jovens dormiam em suas casas. Vi cadeiras de rodas naquele piso nada favorável aos cadeirantes, mas eles estavam lá. Vi muletas numa crianças de uns seis anos de idade e seu pai ao lado, que a levava ali, ela caminhando com suas próprias perninhas frágeis, mas o pai ensinava que lutar era preciso por ela mesma e pela sociedade inteira. Vi um senhor, com sua bengala, acompanhando a passeata. O pé parecia uma pipa, ele caminhava com dificuldade, mas sua garganta gritava forte "FORA DILMA, LULA DENTRO DA PAPUDA". Vi trabalhadores do mundo dos eventos, vi noivos e noivas. E me orgulhei de estar ali. Cantei o hino! Bem alto! E achei tão bonito!!!! Alguma coisa me dizia que aquilo era importante, sim. Levaria tempo, seria árduo, traria desânimo, mas era muito importante! 

Agora, um ano se foi, e vem a expectativa do dia 13 de março. Semana histórica, com Delcídio delatando, com condução coercitiva do Lula, com impeachment retomando forças e uma ponta de esperança fisgando o peito. Vamos, gente! Não deixa para o outro ir em seu lugar, o outro, sem você, representa um a menos na multidão. Com você, somos um a mais. E, se Sérgio Moro, nosso herói atual, diz que vc é importante na luta, pois sozinho ele não consegue, acredite!!!! É um cara que sabe o que faz, sabe o que diz, um brasileiro que funciona!!! Ele conta com a sociedade civil! Eu e você somos a sociedade civil. Mesmo que nada mude, tenho certeza de que não fui outra após aquele 15 de março e tenho certeza de que vc tb não será. Vamos viver, juntos, um daqueles dias melhores!!!!

Por falar em dias melhores, uma foto do casamento da Simone e Leonardo, casamento Fabricado que não deixou dúvidas do quanto aquele dia foi um desse "MELHORES EM TUDO", dia que nos arrancou suspiros!!!! Que venha dia 13, com novos suspiros!!!!

Foto: Fabiano Aguiar


3 de março de 2016

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Maíra e Eduardo - decoração: Rogério Paulino

À frente de tudo, logo que o convidado chega, lá está ela. A decoração, a vitrine inicial, a exuberância, a beleza, a elegância, a suntuosidade, a carta de apresentação. E, no caso do último sábado, era ela, "A decoração". Do tipo total: OLHA Ela! "- OLHA ELAAAAAA!!!!". Tava lá, toda poderosa, a bichinha, viu! Coisas de Rogério... ( a quem aproveito e agradeço o envio das fotos).

Tem casamento onde já entro na montagem com aquela expectativa, com os olhinhos brilhando, esperando por magia. Incrível reviver encantos e encantamentos.  Entrar e sentir que me arrancou sorrisos, eu amo isso!!!! Como se aquilo entrasse em mim, pequenas doses de beleza contaminando. Uma sensação de boas vindas, quase uma primavera nascendo dentro da gente. 

Pura poesia!!!!

Poesia que, quem ali viu, viveu, sem dúvida alguma! Obrigada por plantar primaveras nos corações de quem atravessa seu caminho, Rogério. 

Doida para escrever sobre minha história com a noiva, Maíra, e a mamãe, Vânia. Aguardando, com ansiedade, as fotos oficiais para o próximo post.

Fotos: Lucas Nishimoto