25 de junho de 2014

Verdade ou Consequência?

Não sou do tipo que defende a supersinceridade explícita. Penso que há como ser sincero e guardar para si certos pensamentos. Se a pessoa estava em forma e engordou 10 quilos, para quê informá-la se, bem provavelmente, ela já sabe e, não menos provável, ela já sofre as consequências disso? Não, realmente, não vejo necessidade dessa agressão espontânea. Mesmo se ela me pergunta: "- Viu como engordei?". Ainda assim, procuro ser sutil e dizer algo tipo "- AH, DEPOIS VC EMAGRECE TUDO DE NOVO, COISA TRANSITÓRIA!".

Com noivas, procuro ser assim. Sempre manter a linha da verdade, sem agredir. Se a noiva vem e me pergunta: "-Cabem 300 pessoas naquele salão de festas?". Se não cabem, infelizmente, ela vai ouvir a verdade. Ou, se não cabe com meu padrão de exigência de conforto e do que considero ideal ao bom andamento da festa, ela vai ouvir a minha verdade. Com delicadeza,  é claro, jamais direi "como vc é ignorante de insistir em acabar com sua festa, colocando 300 pessoas ali". Meu papel é proteger, defender minha noiva, lutar por ela, fazer funcionar para felicidade imperar (adoro minhas rimas breguetes, rs)! Nunca uma noiva ouvirá FAÇA ISSO MESMO, se a possibilidade estiver fadada, minimamente que seja, ao insucesso. Casamento de noiva minha é cercado de todos os lados, não cabe iminência visível de insucesso. Vamos correr 10% de risco, 5%, 2%??? Nãããão. A gente cerca tudo, em todos os lados, todos os ângulos, 360º. Se algo fugir do esquema, é por haver imprevisto, pois o previsível, todo ele, foi cercado, ah foi, não resta dúvida!!!

E aí? Aí que, quando se lida com o sonho, a verdade cria as próprias respostas. A noiva quer daquele jeito, quer aquela resposta e, se vc tem outra realidade a mostrar a ela, pode ser que vc não sirva, não seja ideal dentro do ideal dela. A resposta negativa, quando se quer positiva gera uma quebra do paradigma criado pela noiva e adotar novo paradigma nem sempre é fácil. Há quem o faça e quem entenda que o abraço à causa é seu objetivo maior (meu, no caso, quem me conhece sabe o quanto abraço a causa das minhas noivitas). Mas, há quem ouviu o desagrado e transfere o desagrado da resposta ao desagrado a você. E aí? Aí, o outro cerimonial disse que cabe, o espaço disse que cabe, eles me cabem com suas respostas do jeito que eu queria ouvir. Eles é que são bons, vc não presta serve!!!

Não, minhas queridas noivitas, não sou sabichona e, longe de mim, ser dona da verdade. Mas, o pouco que sei e o pouco que entendo, vivo e vejo transfiro a vocês, porque sua causa é minha causa, seu sucesso é meu sucesso, seu casamento é sonhado junto. Estou ao seu lado, dou minha mão à sua mão com força, somos duas com um só propósito: um casamento fascinante!!! Por isso, sim, minhas noivas (que chamo de minhas por estarem dentro da alma), vez ou outra, minha resposta não será aquela que você deseja ouvir. Verei seu fervor esfriar com meu banho de água fria, verei vc se frustrar por precisar rever conceitos, mas NUNCA, NUNCA, NUNCA NA VIDA, minha noiva, carregarei a culpa de dizer o que vc quer ouvir sabendo que estou fugindo à minha verdade ou, muitas vezes, à realidade tão visível a todos, porém cegada pelo turvar do sonho. Realidade é maior que sonho e, se não houver quem a proteja, você pode descobri-la com dor, num dia que não volta atrás e não permite correções. Cuidado com o que você ouve, acredite no que vê e, ainda assim, na metade do que vê, pois seus olhos podem estar inundados de credibilidade sonhadora (termo que criei agora, mas que dispensa tradução, acho que todos entenderam).

Função do cerimonial? Fazer o real parecer sonho e não o sonho parecer real!!!

Termino com flores, pois sempre fica um perfume delas nas mãos de quem as oferece, já dizia o provérbio!!!




















17 de junho de 2014

Maíra e Felipe

Era uma vez uma princesa de olhos verdes, sorriso irradiante e aquela beleza que não se vê a toda hora. Chegou aqui 18 meses antes da data escolhida para se casar. De trança na cabeça, à noite, após longo dia de trabalho. Ainda assim, com o cansaço da semana que já seguia numa quinta-feira, bem tarde da noite, 20h, após enfrentar trânsito caótico típico do horário, da cidade grande e vinda do outro lado de BH, ainda assim sorria, iluminava e encantava. Linda! Linda! Linda! Ela era assim e é assim. Minha menina, flor, mulher!!!! Linda por fora e por dentro.

Como não escrever um post longo? Impossível! Nossa caminhada foi longa e gostosa demais. Daquelas que não quero ver terminar, porque me aperta o coração. O tchau que não quero dar. Aliviado pelo face e pelas fotos do big day. Minha companheira de posts, de face, de blog, de curtidas, de uma longa travessia, daquelas boas, tipo docinhos ao chão de João e Maria.

Estranho ver tanta maturidade, tanta organização e ver o próprio casal construir seu casamento com tão pouca idade. Tudo nela é assim - tantão! Tantão de carinho, tantão de responsa, tantão de exemplo. E veio Felipe, tantão cúmplice também, o que, de fato, seria fundamental ao foram felizes para sempre (que sejam muito!).

Desde o primeiro instante, os olhos de Maíra me encantaram por transmitirem verdade e leveza. Moça que chama a responsa para si, mas exala leveza - mais encantadora ela se faz com seu jeitinho de lidar. Instintiva, olhar apurado, sempre conclusões certeiras que tornaram aquele dia do casamento deslumbrante. Nosso dia, né Mama!!! Nosso aniversário de casamento!!! Nossos amores encontrados tão cedo, lá na adolescência, momento em que ninguém dava ouvidos quando dizíamos que era o homem de nossa vida, rs, especialmente nossos pais. Mas era! Adoro metades que se encontram!!! Adoro noivos que sorriem um ao outro. Adoro noivos de mãos dadas, que compartilham as mesmas ideias e que, ao se olharem, se encantam um com outro e nos encantam com seu encantamento. Mesmo após longos dez anos de namoro!!! Maíra e Felipe são desses raros!!!  

Tudo feito com extrema organização e capricho. Todos os profissionais absolutamente apaixonados por Maíra e Felipe. Eu agradeço todos os dias da vida à Chris que me presenteou quando me apresentou à Maíra. Agradeço todos os dias da vida à Maíra que me permitiu chamá-la de minha noivita. Agradeço todos os dias à vida por me alegrar no encanto. O que mais me fascina é saber que sem amor eu nada seria, já dizia a Bíblia e Renato Russo. Ganhei amor quando conheci Maíra, vivi amor quando Maíra se casou com Felipe. Abastecida! Inundada do combustível de que preciso. Obrigada, minha princesa de luz!!! Sejam muito felizes, vc e seu Felipe!!!


Fotos de prova final do vestido: Dois Cliques 
Vestido: Danielle Benício

(Só para matar um pouco de saudade. Fotos oficiais do evento: na expectativa total!)


11 de junho de 2014

É... e casamento, aconteceu, já era!!! Não dá para voltar e corrigir. Cuidado com o que é para sempre, porque...

10 de junho de 2014

Sílvia e Marcos

Quantos sentimentos se misturam na caminhada dos preparativos do casório. Ser noiva é viver uma turbulência constante, busca por um tempo que não rende, pelo dia que sempre parece inacabado e lotado de pendências. Vejo aquela que curte e se diverte com a situação. Também aquela que reza para acabar logo e diz AINDA BEM QUE É UMA VEZ SÓ. E, ainda, a galera do meio termo, talvez o grupinho maior, que mescla instantes de TÔ AMANDO com outros de SOCORRO, VOU EXPLODIR!!!

Caminhada boa, sempre intensa, lotada de instantes marcantes e especiais e de pessoas marcantes e especiais. Muitos ensinamentos, ôôô, um monte deles. Como já aprendi!!! Como ainda espero aprender mais!!! Privilégio da casa dos trinta, Talvez dos 40 também: velha demais para inexperiência, nova demais para acomodação.

Silvinha e Marcos fizeram parte da caminhada. Iniciaram maio, um mês ao qual me apego mais a cada ano. Envelhecer me trouxe poesia, afinal, tem que haver algo melhor a ganhar do que as neuras com bigodes de gato, pés de galinha e fios brancos (ai, por que tudo meu é tão intenso? Do romantismo à preocupação?...). Maio acelera meus batimentos, joga adrenalina que me traz ânimo extra e tem seu próprio perfume. Sinto cheiro bom, sabe como? Cheirinho bom só de pensar, vontade de respirar fundo, como acontece quando me aproximo da Manu e inspiro o ar bem fundo para sentir cheiro-de-filha. Silvinha e Marcos sempre serão lembrados como o cheiro bom de maio.

Silvinha me marcou pela doçura e eu disse isso a ela: SUA DOÇURA SEMPRE ME ENCANTA! Quem me conhece sabe o quanto prezo por doçura. Silvinha sempre me remeterá às mangas longas e apaixonantes dos vestidos, privilégio de maio com seu friozinho. Silvinha me lembrará do seu bom gosto ao escolher Catharina, lugar sobre o qual um dia hei de escrever, Rogério sobre o qual já escrevi, Bruno e Carlos, fotógrafos que fazem fotos dançarem/falarem/cantarem/gritarem, enfim... uma turma que me fez sair de casa com sensação de estar em casa, não há nada melhor que isso... Silvinha e Marcos me trouxeram o fundamental da vida, que é o prazer de viver o instante.

Adoro dizer FUI FELIZ! Silvinha e Marcos, obrigada, porque FUI FELIZ!