29 de dezembro de 2019


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Que ano interessante! Depois de uns 5 anos, finalmente, termino o ciclo mais otimista do que comecei. E sem a vontade de enterrar logo o ano que se despede. Se precisasse viver um pouco mais em 2019, eu o faria sem dificuldade. Aliás, viveria até com uma certa dose de genuína alegria. O que mudou? Na prática, não muito. Na alma, um monte. Gosto da leveza que sinto. Gosto de pensar no dia a dia com vontade de sorrir. Gosto da sensação de gratidão superando a aflição. Gosto de pés no chão e estabilidade, após um longo tempo de pernas totalmente pro ar. Gosto de experimentar o sossego, depois de tanto desassossego e, sim, eu me refiro às condições do país, embora tenha zero pretensão de falar de política e economia agora. Quero apenas degustar o instante. Gosto de me sentir incansável. Em 2020, me segurar, vai ser difícil.
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Tenho pressa. Tenho pressa de saber como será o futuro. Tenho pressa por viver mais e mais casamentos. Tenho pressa por dias felizes, de comemorações sem fim. Tenho pressa por ver minha filha entrando no ensino médio e subindo um degrau rumo ao meu principal objetivo de vida que é educá-la. Tenho pressa por quitar a escola que sonhei pra ela e isso dá sentido a cada noite longe, cuidando do grande dia de outras filhas. Tenho pressa por sorrir cada vez mais e isso é uma condição do olhar que preciso ter, somado à sorte que já tenho, pois minha vida é muito mais de coisas boas do que ruins. Tenho pressa por alcançar um patamar de mais agradecimentos e menos reclamações. Tenho pressa por justiça e esse lado pesa, pois ser conivente é muito mais fácil que ser justiceiro, mas o que seria de nós, não fossem os temperamentos confrontantes? Tenho pressa de tudo e esse papo de desacelerar não me cabe bem. Tenho pressa em receber e responder muito wpp. Tenho pressa em sentir o corpo doer forte de tanto trabalhar. Tenho pressa em acreditar que cumpri meu dever da melhor forma. Tenho pressa de ter um mar de noivos para chamar de meus. Tenho pressa em ver o eventual do outro ser meu dia a dia rotineiro e, ainda assim, não menos incrível, mesmo que seja meu cotidiano. 
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Não sei porque, recentemente, acho meus pensamentos difíceis de transformar em palavras. A ideia de princípio-meio-fim, que o professor de redação ensinou, me faz falta ao escrever. Queria ser mais didática, porém prefiro me jogar  à verdade do coração, do que seguir a coerência da gramática. Eu me entrego ao sentimento e isso é, ao mesmo tempo, problema e solução. Assunto que daria uma continuidade de escrita mega prolongada, até eu tentar explicar o que quero dizer com o paradoxo problema x solução. Então, é hora de parar! Hora de desejar o clichê do Feliz Ano Novo. Que seja MUITO FELIZ! Que venha logo! Que venha com tudo! 2020, você é todo nossoooooo!!!
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