15 de janeiro de 2014

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Ana Carolina e Sérgio / Carolina Cançado e Mathias

Creio que esse post vá ficar grande, grande... impossível ser diferente com tanto assunto.

Por vezes, muitas vezes, coisas acontecem e a gente se pergunta POR QUE? Ora conseguimos resposta, ora nem sombra dela. Quando chegou o mês da Carol, eu tinha uma quantidade detestável de eventos, já que Natal e Reveillon quebram a bicicleta de qualquer workaholic perfeccionista que se preze. E aquele incômodo me consumindo por dentro, eu com um monte de tempo livre à disposição me matando por dentro de agonia. Carência do ritmo usual e uma riqueza rara, dois anjinhos de noivas chamadas Carol, com dois docinhos de mães chamadas Regina. Coincidências que me alegraram e me confortaram exatamente como eu precisava naquele momento.

Engraçado a gente se descobrir no susto. Interessante entender que há uma razão de ser no que acontece conosco. Compreender como a pausa de festas de fim de ano podem ajudar num momento quando menos compromisso de trabalho se faz fundamental. Descobri que não sou de alardes e que realmente gosto de facebook para expor o melhor de mim e viver minhas dores em silêncio ou dividindo apenas com poucos eleitos que, de fato, me ajudem. Agora, que está tudo bem, é fácil falar. Falar implica em agradecer, não falar por falar.

A vida me reservou 2 Carolinas. Uma Ana e outra Cançado. Temperamentos que me acalentaram num momento delicado. Temperamentos que me ajudaram a sentir a caminhada ainda assim doce em sua arduidade. Temperamentos que incluíram compreensão. Meu pai enfartando, passando por 2 safenas e 1 mamária e a semana que era da alegria delas. A tranquilidade indo embora de um jeito duro de doer e corroer. Coração a mil, medo, ansiedade, quase desespero pelo medo do desconhecido que acontecia. E elas lá, tão gentis, tão compreensivas. Ora nenhuma ouvi da boca delas se eu me ausentaria de algum compromisso, ora nenhuma elas se mostraram ansiosas na perspectiva de que eu não executasse tão bem meus compromissos. Pelo contrário. Quando souberam, foram solidárias. E eu as amei mais ainda. Cumpri cada dever com um carinho ainda maior. Troquei o hospital pelo compromisso sem sentir o peso dele. Minhas "Carols" me trouxeram leveza e a calma de que eu precisava. Só tenho a agradecê-las, agradecer às mamães  Reginas, aos noivos Sérgio e Mathias. 

Uma caminhada de deveres seriamente cumpridos traz um presente gigante ao longo do tempo: a confiança. Elas sabiam que, se o pior acontecesse (#saidimim, #passou, #nemqueromelembrar), o meu melhor estaria com elas - minha equipe tão qualificada, sempre ao meu lado, meu marido que foi moldado com tudo que ensinei e com o que ele já aprendeu por si só, afinal são 5 anos de caminhada em eventos, enfim, o suporte emergencial estaria lá para engrenagem funcionar. O combustível seria outro, mas motor falhar, não falharia em se tratando de Fabricar casamentos com meu nome por trás.  Nunca nesses 12 anos de eventos, seja como freela, como funcionária de outros cerimoniais ou na minha própria empresa precisei me ausentar. Ops... precisar, precisei, mas nunca o fiz. Meu avô faleceu no dia de um casamento. Enquanto davam adeus a ele, eu organizava mais um casamento. Com 15 dias de vida de minha filha, quebrei resguardo, corte de cesárea doendo, leite vazando, mas eu estava lá, respondendo por meu propósito. Nunu hospitalizada e eu também, outra vez, casando minhas noivitas queridocas. Agora meu pai nesse susto da vez. Coisas da vida que estão além de nós. E, graças a Deus, eu sempre presente ao que me propus, sempre lá, em cada casório. Se eu, algum dia, faltar, pode saber que a situação passou de grave, em léguas além!!! O que significa tanta dedicação? Significa ser presenteada com Carols e companhia. E quer saber? Vale a pena padedéu!!!

Hoje, as fotos são de Ana Carolina e Sérgio. Dia em que até o céu desaguou de alegria. Se é para descer sob chuva, que seja sob guarda-chuva de arco-íris (carinhosamente escolhido para Fabricar com estilo e muitas cores, do jeito que gosto). Ver que tudo passou, meu pai ficou ótimo, os casórios foram deliciosos e impecáveis, ver que tudo terminou colorido foi um grande troféu.
































Um comentário:

Regina Chaves disse...

Oi Rejane,
quando a minha Carol ( do Sérgio) me falou do seu grau de exigência, competência e rigor como cerimonialista, achei que ia encontrar uma pessoa de poucas palavras e um pouco distante.
Logo que te conheci entendi porque tanta afinidade entre vocês. Você linda, uma postura profissional invejável e quase uma menina, dócil e meiga como a minha filha.
Me emocionei mas não me surpreendi com palavras tão carinhosas e sinceras, sabia que era linda também de coração.
Sucesso e felicidades para você e sua família.
Regina Chaves