Difícil falar de prima... talvez não seja a melhor frase para se iniciar um post, talvez valessem umas palavrinhas emprestadas de algum sábio escritor, mas optei por mim mesma.
Um belo dia, recebo a Ju com a novidade do casório. Situação delicada a minha e a dela. A não opção de escolha do próprio cerimonial com a não opção de possibilidade de vírgulas na execução. Estávamos designadas uma à outra. Era abraçar a causa e fim - ela a minha e eu a dela.
De cara, me encontrei com uma noiva decidida, prática e rápida. Cada pequena conquista, cada contrato do jeito que ela queria, cada passo, cada vez que ouvi minha sugestão ou intervenção ajudar e ganhar sorriso da Ju e do Bernardo, tudo foi oportunidade de comemorar junto. De convivermos mais, de fazer crescer a intimidade, de regarmos nossas sementes.
Era como se caminhássemos. Inicialmente, num pé ante pé, meio sem rumo, cada um numa direção, ali, pés inquietos, talvez um pouco perdidos, se cruzando vez ou outra, um pouco na dúvida se, quando se cruzavam, mereciam um OPA DESCULPA ou um incentivo tipo VAMOS, É ISSO MESMO. E com o tempo, naturalmente, quase sem me dar conta, estávamos no mesmo passo, na mesma direção, ensaiando até saltitos, tudo na mesma sintonia. Fabricar eventos no sentido mais literal do construir!!! Linda e unida construção. Construção que me trouxe mais amor, ah trouxe sim! Amor da convivência, do querer bem por conhecer melhor, amor descompromissado dos laços que nos prendiam. Amor de quem ama o que vive e divide junto - Fabricação coletiva maravilhoooosa.
Bernardo e Joana trouxeram alegrias inesperadas. Adotei com força, talvez a máxima que eu tinha. Ganhei, ganhei, ganhei!!!! Ganhei o maior presente de todos. A leveza de saber que, se voltássemos o tempo, certamente trocaríamos nosso recíproco sim totalmente liberto do que se tem em substituição ao que se quer.
Amei!
Um comentário:
Re, você me emocionou muito com esse post. Transformou o sentimento e a experiência desse casamento em palavras, muito bem escritas diga-se de passagem. Acho que o último parágrafo define tudo! Bendita seja a não opção de escolher o meu próprio cerimonial. Se eu pudesse voltar no tempo, minha escolha seria mil vezes a mesma! Muito obrigada por tudo!!
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