Espero que quem leia este post me conheça há, no máximo, estourando, quatro anos e meio. Explico:
Aos vinte, vinte e poucos anos, quando ainda estudava Fonoaudiologia e achava que passaria a vida tratando distúrbios da voz/fala/linguagem (socorro!!!!), eu tinha outro (ou nenhum) conceito de beleza e de vaidade. Era incrível... incrivelmente engraçado... incrivelmente de mau gosto...
Desenhem a pessoa aqui:
– Maquiagem – zero, o que vale é a beleza natural (mas, qual beleza? Eu me pergunto hoje ao ver fotos da época), maquiagem é coisa de Patricinha fútil (só porque dispensou 15 minutos do dia e “coloriu” o rosto se torna fútil???). Bem, meu conceito (ou falta dele, repito) de maquiagem era esse.
Já que comecei, termino. Continuem desenhando:
– Roupa – jeans. Calça jeans sempre (nada contra, mas por que sempre?). Blusa, feira hippie, barraca de tops, 7, um de cada cor, alguns de duas cores, R$5,00 vezes 7 = R$35,00, um look para cada dia da semana (ainda achava que arrasava. Nesse ponto, que felicidade, kkkk! Olhem a economia da moça ak... se não fosse a tragédia visual em corpo, alma e coração). Não, não, não. Não acabou. Top, sempre??? E quando não dava para usar barriga de fora? Tchan, tchan, tchan, tchan. Eureka! Barraca ao lado, regatinha, R$8,00, só R$8,00. Comprava logo mais 7 = visu para 14 dias, sem repetir, somando tops e camisetinhas. Tadinha, kkk. Minha mãe e minha irmã, sempre mega “arrumadinhas”, me olhavam, indignadas, e eu não conseguia (não meeeesmo) compreender o porquê.
– Pés – Finalizando, com chave de ouro: sapatilhas de forró. Eu e meu marido (que era e foi meu único namorado, desde os 16 anos de idade) dançávamos. Daí, para a dança, existe uma sapatilha de tecido, tipo lona, que custava R$20,00. Mas, acho que não entendi direito que aquilo era só para dançar. Dançar = sapatilha. Almoçar fora = sapatillha. Festa = sapatilha. Dia = sapatilha. Noite = sapatilha. Ih... furou no dedão. – Tem problema, não. Vou usando, só até eu comprar outra.
Era assim... e eu era feliz, embora um “mulambinho”, kkk. Hoje, acordo no salto, maquiada em tempo integral, meu guarda-roupa tem menos jeans que vestidinhos e ainda uso brincos e acessórios, uau!!! E me sinto, talvez, mais feliz e mais bonita agora, aos 32, que aos 22...
Bem, voltando à maquiagem de noivas, em geral, recebo opiniões de dois grupos bem distintos de clientes que, aliás, me lembram bem quem eu era e quem eu sou.
Grupo 1 – as noivas que não gostam de maquiagem, querem uma cara limpa, do dia a dia, porém mais iluminada, um olhar mais sofisticado, algo que embeleze, mas mantenha toda característica natural (meu caso quando me casei).
Grupo 2 – as noivas que amam maquiagem, querem uma cara totalmente diferente do dia a dia, querem uma pintura que a transforme em obra de arte (meu caso hoje).
Mas, por que tô falando tudo isso? Porque o que considero mais interessante é que os 2 profissionais mais caros e mais requisitados de BH têm perfil, justamente, oposto um ao outro. Um atende à noiva cara limpa e outro atende à noiva pintura-obra-de-arte.
É muito interessante ver estilos tão diferentes sendo qualificados com a mesma excelência e valorizados com preços semelhantes. Portanto, meu conselho, de quem viveu na pele, é que cada noiva consiga dosar o próprio gosto (porque, não adianta, maquiagem, forte ou fraca, tem que fazer a noiva se sentir feliz, como diz uma amiga: sentir-se linda, alta e magra), no entanto, com abertura para ouvir sua mãe (leia-se figura materna, mais experiente e de confiança) um pouquinho... Se eu tivesse escutado minha mãe...
2 comentários:
Oi, Rejane,
Postagem perfeita. Onde está o livro de dicas pras noivinhas que vai publicar? Um grande sucesso, com certeza.
Beijos,
Talita.
haha super me identifiquei, Re!! To quase ficando que nem vc entao...so falta o sucesso profissional, pessoal, emocional...ahhhh, ta bom, falta mta coisa! Mas eu chego la..ta sensacional o blog!!
Beijos,
Isabelle.
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