Minha tendência é o excesso de lucidez. Excesso que nem sempre me faz tão bem. Mas, em geral, me faz bem certinha e isso costuma ser bom. Lucidez que me gera ansiedade e, por outro lado, me protege por precaução e zelo. Lucidez me sobrecarrega, porém me mantém com pés no chão. Lucidez pode até me trazer pessimismo algumas vezes, mas eu diria que é mais um realismo exacerbado.
Tá, aham, e daí? Quem é que não precisa de sua maluquez vez ou outra? E foi nessa que vieram os casamentos em minha vida. Que me tiram do chão e me levam às alturas. Que ultrapassam a esfera do real e me entorpecem. Que me levam a um novo mundo, muito mais bonito, mais feliz, mais encantado e mais encantador.
Um dia ouvi de uma noiva que ela havia me escolhido pelo fato crucial de acreditar que eu vibraria com o casamento tanto quanto ela. Comemoraria cada escolha, cada tijolinho da grande construção, colocaria o cimento junto, ajudaria a carregar o tijolo, ver tudo crescer, tomar forma e cor, até lapidar num acabamento perfeito. Claro que essa última frase, toda floreada é minha, a da noiva acabou na primeira mesmo. Mas, foi assim que li. Em minha mente, eu traduzi desta forma. E amei! Amei como amo minha maluquez dentro de tanta lucidez!!!
Fotos do casamento de Nicole e Rodrigo (pena que só tenho essas, né minha noiva, cadê as outras?) registradas por Alessandro Tocafundo
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